terça-feira, 11 de outubro de 2022

LUGANO A SUIÇA COM ALMA ITALIANA






 Acordamos,  tomamos nosso café, arrumamos as malas  e saímos caminhando para a estação Como San Giovane. Chegamos na estação e esperamos um pouco mais de uma hora para a saída do trem, marcada para 13h25m. Quarenta minutos depois, descemos na estação de Lugano. 

                            \Post anterior clique para ler Como, a praia dos Milaneses

Lugano, está localizada a 30 quilômetros da vizinha Como e por isso, carrega uma mistura das culturas suíça e italiana. O idioma falado é o italiano. Fica na costa norte do lago glacial Lugano. É a maior cidade desta região, conhecida como Ticino.

Ao sairmos da estação, reparamos que ela ficava na parte mais alta da cidade. Como não sabíamos se tinha ônibus ou algum tipo de trem ou metrô que nos levasse para a parte baixa, resolvemos seguir por um caminho que descia em direção a um hotel próximo dali. E em seguida, havia uma rua que parecia que ia em direção a cidade. E lá fomos nós, morro a baixo. Este é um dos motivos, além do entra e sai dos trens, que levamos malas pequenas. A Vivian comentou: "Não é possível, que os Suíços que são tão organizados, não tenham um meio de locomoção entre a parte alta e a parte baixa da cidade."


Continuamos a descer até chegarmos a uma igreja, que nos pareceu ser a Catedral de Lugano. Seguimos por uma rua até nos depararmos com outra rua que não era rua .Era uma escadaria. E lá fomos nós, escada a baixo. 


E quando já estávamos no final dela eu vi à minha direita um Funicular que, lendo as informações, consegui entender que fazia a ligação da cidade e a estação de trem. Bom, falei para a Vivian, que já estava com uma cara amarrada: ao menos não vamos ter que subir as escadas para voltar.

Dica; Descobrimos depois que na parte interna da estação, que fica no subterrâneo, tem a parada deste funicular que faz a ligação com a  parte baixa da cidade. 

 Agora faltava achar o Hotel, já que o chip que comprei em Milão, descobri, não funcionava em Lugano. Mas como eu sabia que ele ficava próximo ao lago, em frente a uma praça, bem no centro da cidade. Lá fomos nós, a procura dele. Sem grandes dificuldades achamos o hotel, que estava lotado e cheio de homens e mulheres muito bem vestidos na entrada. Viemos a saber depois, que estava ocorrendo na cidade, um Congresso para auxiliar a Ucrânia na guerra. E estavam por ali  representantes de vários países, desde o presidente da Suíça, Ignazio Cassis (como curiosidade, a Suíça troca de presidente todos os anos). Até a ministra da União Europeia Ursukla Von Der Leyen. Inclusive no dia seguinte, ia ter uma tele conferência com o Presidente da Ucrânia  Volodymyr Zelennsky.
Passamos por aquela confusão e fomos à recepção onde nos atenderam com muita educação, apesar de toda agitação que estava ocorrendo naquele saguão. 
Porque escolhemos o Hotel Pestalozzi Lugano.
Bem, é sabido que na Suíça os preços das acomodações. bem como, todo o resto, não é muito barato. Então precisávamos de um bom hotel, que não fosse muito longe da estação e que tivesse um preço razoável. Depois de muito pesquisar, pelas recomendações e pela localização, foi o que melhor se adaptou às nossas necessidades.



Depois de deixar as malas no quarto e descasar um pouco, saímos para fazer um lanche num Subway que encontramos ali perto do hotel. Após o lanche, saímos para conhecer um pouco da cidade. Na parte mais antiga, achamos um mercado COOP.  La, além de mercado, também tem uma grande loja com diversos produtos. Desde produtos de higiene a pequenos utensílios para casa e guloseimas. Aproveitamos e compramos chocolate, afinal estamos na Suíça e balas. No mercado, pegamos frutas, água e iogurte para à noite. Bem, estas balas são uma história a parte.  Simplesmente deliciosas. As procuramos o resto da viagem em outros lugares e não as encontramos mais. Demos mais um passeio pela cidade. Fomos olhar o lago e na volta, deparamos com o exército trancando todas as ruas em volta do nosso hotel, afim de proibir à passagem de carros não oficiais, visto que, muito próximo dali, em um pavilhão à beira do lago, seria o local da dita conferência, que pelo movimento, já havia começado. 
Chegando no hotel, fomos para o quarto, onde jantamos, conversamos com nossos filhos no Brasil, e fomos descansar.

No dia seguinte, pela manhã, recebemos antes do café um documento que todo turista na Suíça tem direito. Que se apresenta em todo o transporte público da região e assim não se paga a passagem. E em algumas atrações te dá bons descontos. 
Dica: ao chegar em qualquer Hotel ou Hostel, se não te oferecerem, peça na recepção este passe. É de direito e gratuito.


Terminado nosso café, que estava excelente. Saímos e andamos pelas margens do Lago Lugano, em direção a Via Pico nº 8, de onde sai um Funicular gratuito e automático, que te leva até a Via Ceresio di Suvigliana nº 36. Lá você pega outro Funicular,  pago, para o monte Brè. Esta linha de Funicular tem 1.403 metros de extensão, com várias paradas intermediárias. Foi inaugurado em 1912. A velocidade é de 3 metros por segundo e a viajem toda demora aproximadamente 12 minutos. Entramos na estação e pagamos com desconto, 35,00 Francos Suíços por cada ticket de ida e volta. 

Chegamos na parte superior da estação e fomos andar pelo bosque que fica ao lado e leva o turista até um restaurante, chamado Ristorante Vetta Monte Brè, que tem uma vista incrível do lago e da cidade. Aproveitamos para tomar um café.



E ao mesmo tempo, admirar a paisagem lá de cima. Ficamos mais ou menos uma hora. Em seguida, voltamos pela trilha do bosque até a entrada da estação, onde em frente, tem um outro restaurante e um outro caminho que leva a uma capela. 


Visitamos esta capela e na volta  decidimos almoçar neste restaurante da entrada cujo nome é Osteria Funiculare Monte Brè. Sentamos em uma mesa externa onde tínhamos uma visão total e especial do Lago.  Pedimos spaguetti,


nhoque , chopp e lemon soda. Não sei se foi a influência do lugar, que era simples mas muito agradável ou da incrível vista do lago, mas as massas estavam deliciosas .





 Ficamos por ali em torno de uma hora e meia. Terminado o almoço, saímos para a pequena estação e descemos  para a cidade


Andamos até centro e subimos até a Catedrale di San Lorenzo, aquela que passamos ao lado no dia anterior. Ela foi fundada na Idade média mas terminada no século XV.  Ficamos algum tempo visitando seu interior. Depois saímos e descemos pelas famosas escadarias da "chegada " e fomos tomar um gelato no caminho. O gelato mais caro da viagem. Mas sem dúvida, o maior e um dos melhores. Continuamos o passeio e fizemos o que os moradores de Lugano fazem à tarde.
Sentamos às margens do lago, na sombra, pois mesmo estando na Suíça, o calor estava muito grande. E ficamos admirando tudo aquilo que a natureza estava nos proporcionando.


 Passavam das 18h30. Saímos e fomos novamente para o COOP, onde compramos umas comidinhas e voltamos ao hotel. Descansamos um pouco e já anoitecendo, saímos novamente para ver o lago, já que, haviam liberado às ruas e a conferência tinha terminado. E como é 
verão, o passeio que margeia o lago estava lotado de pessoas andando. A temperatura estava bem agradável e aproveitamos para nos despedir desta cidade. Encantadora! Mesmo sendo muito próxima da Itália, a gente percebe a diferença, tanto pela educação e  tratamento das pessoas, como na limpeza e organização da cidade. Parece que tudo aqui funciona no seu tempo certo.


Voltamos ao hotel onde fizemos um lanche no quarto e fomos dormir, já que, na manhã seguinte pegaríamos o trem para nosso novo destino. Gênova, na Ligúria. 


SE O MUNDO DA VOLTAS, VOU ESPERAR ELE PASSAR PELA SUÍÇA











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