quarta-feira, 22 de maio de 2024

Nápoles "Vedi Napoli e poi muori"- Goethe



A história de Nápoles começa no início do século VIII a.C. com a ocupação da ilha de Ischia pelos gregos. No entanto, por motivos geológicos se viram obrigados a abandoná-la e, por isso, foram ao continente para criar a cidade de Cumas. 

À medida que crescia, Cumas se transformava em Neápolis (cidade nova). A partir do ano 328 a cidade começou a se tornar um assentamento de grande relevância e diversos personagens famosos se instalaram nesse local, aumentando consideravelmente sua reputação "

Chegamos no Aeroporto de Fulmício as 9h20 da manhã do dia 03 de fevereiro de 2024. Depois de 11h00 de voo direto do aeroporto de Guarulhos, pela Latan. Desembarcamos, a migração foi rápida. Não nos pediram nada. Seguimos então para pegar as bagagens e de lá para o elevador que leva ao terminal de trens, onde compramos as passagens para a estação Termini, pelo Leonardo Express. Esperamos 20 minutos para a partida, e 35 minutos depois estávamos descendo no Termini. Aguardamos por duas horas e pegamos o trem, que eu  havia comprado com antecedência para as 14h15, pela Ítalo. Paguei 59,70 Euros para os três.

As 15h28, estávamos descendo na Estação Ferroviária Nápole Centrale. Muito bonita, bem localizada e com todos os serviços que os viajantes possam precisar.

Seguimos direto para o Ibis Styles Napoli Garibaldi. Escolhemos este hotel, pela localização, e por aparentar ser o mais moderno entre os que vimos nas imediações.



Fomos bem atendidos no check-in. E em seguida fomos para o quarto. O hotel é bom, e o quarto bem espaçoso, com um bom banheiro. 

Descansamos um pouco , e saímos para conhecer o entorno do hotel. Depois retornamos a estação de trens e fomos jantar em um restaurante, que é uma franquia,  de nome Fresco Tratoria e Pizzaria. 







Onde pedimos pizza , frango e refrigerantes. Como não tínhamos almoçado e já era tarde, mesmo a comida sendo razoável, saímos satisfeitos.  No caminho, passamos no Chalet Ciro, que fica na saída da plataforma de embarque. Vimos quando chegamos, e não resistimos. Ainda bem.  Depois descobrimos que é uma empresa tradicional , com várias lojas em Nápoles desde 1952. Ali compramos três doces, Graffetto, Zeffola e Bomba a crema, ao preço de 11,50 Euros. Voltamos ao hotel , comemos os doces e fomos descansar da viagem.                                                                                 



Dia 04 de fevereiro, acordamos cedo, tomamos café, e saímos para conhecer a cidade. Tínhamos ingressos para duas atrações neste dia. Mas como dava tempo, saímos andando e fomos a Porta Nolana, Que é remanescente de um dos portões medievais da cidade . Fica localizada próxima a Estação Nápole Centrale, na Piazza Nolona, onde tem um movimentado mercado, chamado Mercato di Porta Nolana.






Continuamos caminhando até o Corso Humberto I, subimos pela Via Duomo. No caminho entramos na Chiesa di SanSevero al Pendino. Que foi fundada em 1448,pelo abade Pietro Caracciolo, Em 1599 e 1620, a igreja foi demolida e reconnstruida. com aspecto maneirista tardio,e posteriormente remodelada em estilo barroco no século XVIII. Com a construção da Via Duomo, sua fachada foi retirada, assim como duas de suas capelas, e sua fachada foi reconstruida , mais simples no estilo Neo Renascentista. Ela foi danificada pelo terremoto de 1980, e restaurada na década de noventa . Contudo , hoje é utilizada somente para exposições e conferências.
 Saímos  e continuamos até o magnífico mural de San Genaro.

 " Eu santifico as pessoas comuns como Caravaggio. Talvez pareça uma blasfêmia, mas escolho pessoas comuns para dar rostos de Santos e Madonas, Pessoas que conheço e que me impressionam. O San Genaro retratado na parede de Forcella é um amigo meu, um trabalhador napolitano de 35 anos" 

Diz Jorit Agoch, artista de rua que pintou, em uma semana  o enorme rosto do santo na fachada de um prédio em Forcella.














Depois de ficarmos alguns minutos admirando a obra e tirando algumas fotos seguimos até a Catedral de Nápoles .

Oficialmente seu nome é catedral de Santa Maria Assunta, mas os Napolitanos a chamam de Catedral ou Duomo di San Genaro.

Foi construída em 1294, mas sofreu várias reformas ao longo dos séculos, sendo a maior depois de ter sido quase destruída durante a segunda guerra. 

Dentro de seu corpo, existem 18 capelas, sendo a principal  aquela que guarda os tesouros de San Genaro. Dentre eles , o busto em prata do santo que guarda partes de seu crâneo.




















































Ficamos por mais de uma hora admirando a Catedral e então saímos  para ir até o Museo Capella Sansevero, onde tínhamos entrada para as 11h30.

Este é um dos motivos para vir a Nápoles. Ver o Cristo Velado. Que é uma estátua de mármore,  esculpida em tamanho natural, representando Jesus morto, coberto por uma mortalha transparente feita no mesmo bloco da estátua. Foi esculpida em 1753, por Giuseppe Sanmartino.

                                                                   

                                                  

                                          


Achei sensacional.  Uma das obras mais fascinantes que já vi. Os detalhes,  desde as cicatrizes até os bordados do pano que rodeia a estátua  são de uma perfeição que só estando ali vendo para poder ter se a dimensão da beleza desta obra.  Existem outras obras fabulosas neste Museu. Todas muito belas. Vale muito a visita.

Ficamos por pouco mais de uma hora. E seguimos pelas vielas confusas e tumultuadas do centro histórico. 





Paramos na Via dei Tribunali, onde havia uma aglomeração de pessoas. Fui ver o que era. Era uma fila de espera para comer a famosa Pizza frita  Zia Esterina Sorbillo. Como tínhamos tempo, fiquei nesta fila para experimentar  esta pizza tradicional de Nápoles. Não demorou muito. São muito rápidos no preparo. Nos afastamos um pouco e fomos conhecer esta delícia Napolitana. É uma massa , bem recheada e frita. achei muito saborosa. Vale a experiência.




Ficamos um pouco por ali e depois seguimos  até a Igreja de Pio Monte della Misericórdia, para nosso segundo motivo de vir a Nápoles. Ver o quadro Sete Obras de Misericórdia, do Caravaggio. Que na época estava foragido por ter ter sido condenado por um homicídio em Roma. Giovan Battista Manso , um dos sete fundadores do Pio Monte, encomenda a Caravaggio, esta que é a primeira obra criada para a Igreja, pelo valor de 400 ducados. Pintura esta que retrata com grande realismo as atividades beneficentes da entidade , inspirada nas sete obras de misericórdia corporal.



Ficamos por cerca de uma hora admirando esta , entre outras obras expostas na igreja. Uma mais significativa que a outra, mas sem dúvida a de Caravaggio é a que mais impressiona.


Saímos, mais uma vez, maravilhados com a obra deste artista. Seguimos nosso passeio pelas ruas estreitas de Nápoles e chegamos até um pequeno restaurante com mesas na rua. Já passavam de 15h00 e resolvemos almoçar ali, apesar de não estarmos com muita fome. Pedimos Lemon soda, aperol, O Gustavo pediu frango e nós pedimos alguns petiscos. Ficamos até as 16h30, quando saímos novamente para prosseguir nosso passeio.



Fomos em direção ao porto onde vimos de longe o Castelo Nuevo. Sua construção foi iniciada em 1279, por ordem de Carlos I de Anjou, e terminado três anos depois. Permaneceu desabitado até 1285 , quando foi ocupado por Carlos II de Nápoles. Hoje é um museu municipal. Como já eram mais de 17h00, resolvemos não subir até lá pois ele já deveria estar fechado para visitas.




Seguimos então, até a Galeria Humberto I, que é uma galeria comercial e foi construída entre 1887 e 1890. É muito parecida com a Galeria Vittorio Emanuele II de Milão. Entramos e ficamos admirando seus detalhes , principalmente sua cúpula de vidro. Realmente muito bonita. 



Depois de sairmos da galeria, fomos andar pela Via Toledo, que é uma das vias comerciais mais importantes de Nápoles e estava lotada , visto que era um domingo. Vimos algumas lojas. Compramos algumas coisinhas como luvas e boné , que estavam em ótimo preço, alias , os preços são muito bons em Nápoles, basta pesquisar.



 E depois seguimos até a estação de  metro Toledo e fomos para a estação Nápole Centrale, onde resolvemos comer um sanduiche e em seguida fomos para o hotel, pois no dia seguinte sairíamos cedo para Pompéia.


**Para ler sobre este dia que passamos em Pompéia, clique abaixo para ser direcionado ao post

POMPÉIA


Dia 06 de Fevereiro, nosso último dia em Nápoles. Depois do passeio do dia anterior a Pompéia, que você pode ver entrando no link acima. Tínhamos como tarefa, pagar uma taxa, que nos entregaram no Brasil, mas referente aos trâmites de nossa cidadania em Veneza. Nos disseram que poderíamos pagar em um Tabachi uma espécie de casa Lotérica que vende vários produtos, como , cigarros, ingressos para futebol, passagens de ônibus e metro, selos de impostos e faz alguns tipos de cobranças. Ou na  Posta Italiana que é o correspondente aos nossos correios. Fomos a um Tabachi próximo, mas este disse que só poderia cobrar se eu tivesse o cartão com meu código Fiscale. Disse que tinha o número, mas o funcionário falou que só com o número tinha que ser na Posta Italiana. Lá fomos nós para uma que ficava a umas seis  quadras dali. Chegando lá ,para variar uma fila enorme. Depois de esperar uns 40 minutos, ter que brigar com um italiano que queria tomar meu lugar, consegui entrar e pagar. 

Pagamento feito, seguimos até o Corso Humberto I , e depois  para a via Duomo, onde a Vivian tinha visto umas coisinhas no domingo e pediu para retornar para comprá-las. Antes paramos em uma cafeteria para aquele cafezinho no meio da manhã e em seguida passamos nas lojas . Depois voltamos ao Corso Humberto I,  para passar  em uma loja de games , para  meu filho comprar um aparelho que estava muito mais barato que aqui no Brasil. Feita a compra retornamos ao hotel para deixar o aparelho e as sacolas.




Saímos novamente e fomos a praça Garibaldi pegar o metro para ir até a estação Toledo. De lá fomos conhecer um pouco do Bairro espanhol





Andamos um pouco por ali, compramos uma jaqueta para o Gustavo, que tínhamos visto no domingo. Como já era meio da tarde e não sabíamos o que almoçar, resolvemos tomar um café com  tostata . O Gustavo pediu um chocolate e um doce pois estava bem frio neste momento. 



Como já estava ficando noite e no dia seguinte pegaríamos um trem para Pádua, resolvemos voltar ao hotel. Novamente pegamos o Metro na estação Toledo e descemos na Estação da Piazza Garbaldi, que no final das contas é tudo interligado, com a Nápole Centrale e Circunvezuviana. 



De lá fomos novamente no Restaurante  I Sapori di Parthenope. Desta vez pedimos pizza e o Gustavo frango, e tomamos refrigerante.



Saímos do restaurante eram aproximadamente 20h00 e fomos para o hotel, arrumar as malas e descansar para o dia seguinte. Pois seguiríamos viagem , cedo para a cidade de Pádua.























Nenhum comentário:

Postar um comentário

Milão/Roma " É preciso ver o que não foi visto, ver outra vez o que se viu. É preciso recomeçar a viagem. Sempre." - José Saramago

  Nossa viagem começou com um pedido da Viviam de conhecer Lautenbrunem, levar o Gustavo conhecer Pompéia e por fim que a viagem começasse o...