sexta-feira, 28 de outubro de 2022

LUCCA E O FESTIVAL DE VERÃO



 Toda nossa viagem, tem como motivação, o 22° Lucca Summer Festval. Para quem não leu sobre o assunto é só clicar no link: 


Lucca é uma cidade a beira do rio Serchio, na Toscana. Fundada no ano 180, pelos Romanos. É mais conhecida pelas muralhas muito bem preservadas dos séculos XVI e XVII. Também é conhecida como a cidade Natal do compositor de óperas Giacomo Puccini. E mais recentemente, pelo Lucca Summer Festival. Realizado desde 1998, no mês de julho, onde já tocaram grandes nomes da música, como Ray Charles, Eric Clapton, Elton John, Sting, entre outros.

Este ano, entre muitos famosos, irá tocar no dia 14/07, Robert Plant, e nós, estamos indo para lá assistir este espetáculo.



Saímos de La Spezia às 13h35 e uma hora depois, descemos na estação Pisa S. Rossore para pegar a conexão que passaria às 14h55. Como o primeiro trem atrasou um pouco, tínhamos menos de 10 minutos para não perder o que nos levaria a Lucca. Por estas e outras é que não gosto de conexões com menos de 30 minutos. Mas neste caso, esta era a melhor opção que achamos. Apesar da Estação ser muito pequena, tivemos dúvida em qual binário deveríamos pegar o trem. Conseguimos nos localizar e chegamos praticamente com ele parando para embarcarmos. Seguimos então para Lucca, onde desembarcamos 25 minutos depois.



Como o hotel fica dentro das muralhas à aproximadamente 1,2 km da estação e nosso check-in era após às 15h30, saímos caminhando em direção a entrada San Pietro, que é a entrada mais próxima. 



Seguimos andando, admirando e recordando desta cidade que já conhecíamos, mas que a cada esquina tem uma surpresa para os olhos do turista.




Por fim, chegamos ao B&B Rezidenza di Via Fontana. E por que escolhemos este hotel?

Primeiro, porque o que ficamos da outra vez, não tinha vagas para esta data. Depois, como queríamos um hotel dentro das muralhas, este, mesmo sendo um pouco afastado da estação, ficava em um local de fácil acesso ao Show, além das ótimas referências no site do Booking.





Chegamos e fomos muito bem recebidos por um rapaz e uma senhora que eram os responsáveis pelo hotel. E como é de característica de hotéis B&B, realmente fizeram nos sentir em casa.

Subimos ao quarto, que era muito aconchegante, de ótimo tamanho e ótimo banheiro também.

Descansamos e em seguida saímos para rever a cidade e ir até a Piazza Napoleone, onde seria realizado o show no dia seguinte. Saímos do hotel e entramos na Via Fillungo, que é onde se concentram as lojas e boutiques de grife da cidade. Caminhamos por ela até a Via Roma e paramos na Piazza San Michele. E de lá seguimos pela Via Pozzotorelli em direção a Piazza Napoleone. Estava já tudo arrumado para o show, faltando somente colocar as cadeiras.




 















 

Ficamos ali um pouco e fomos a uma cafeteria que vimos na chegada. Tomamos um café com um doce cada e de lá retornamos a Piazza San Michele. Depois fomos procurar a loja que a Vivian, há dois anos e meio atrás, achou e não comprou, um Coala de pelúcia e se arrepende até hoje. Primeiro achamos o hotel em que ficamos hospedados. Hotel Palazzo Alexander, por sinal um ótimo hotel. Localizado na Via Santa Giustina,48. De lá, conseguimos lembrar e achar a loja Il Collezionista, na Via San Paolino,67. Mas como já eram 19h30, a loja tinha acabado de fechar. Ficamos então de voltar no dia seguinte. Retornamos ao centro até a Piazza Salvatore, onde jantamos. Terminado o Jantar, fomos tomar um gelato e novamente aproveitar ao máximo aquela atmosfera que só Lucca tem.

Retornamos ao hotel pela Via Filongo, pois nesta região a Vivian viu também, há dois anos e meio atrás, um dragão de ferro, que não comprou pela dificuldade na época de levar na bagagem. Também, se arrepende até hoje disso. Não achamos a loja. Procuramos esta loja no dia seguinte novamente, mas nada. Acredito ter fechado. 

Acordamos cedo e fomos ao café, que foi servido em um jardim interno do hotel. Café simples, mas muito gostoso. Inclusive, a senhora responsável, nos fez um capuchinho, que estava divino.

Terminamos e saímos para passear pela cidade. Fomos a Piazza dell'Anfiteatro,  que é uma praça pública no centro de Lucca, onde o anel de edifícios que cercam a praça, segue a forma elíptica do antigo anfiteatro romano do século II.

Dali, saímos e voltamos a loja Il Collezionista, que agora estava aberta, mas infelizmente, a vendedora até lembrou do boneco, mas já algum tempo, não tinham mais. A Vivian saiu triste e para distrair um pouco, fomos a uma lojinha ali perto, onde tomamos um gelato e compramos uns doces com chocolate. Fomos então em direção a muralha. Já estava muito quente, descansamos um pouco em uma praça. |Mais dispostos, fomos andar por cima da muralha que hoje foi transformada em um belo jardim, com vários bancos e árvores e uma via para andar de bicicleta ou simplesmente caminhar e aproveitar à vista. Ao todo a Muralha tem 4,00 km de extensão e quase 30 metros de largura. Circunda toda a cidade e está em ótimo estado de conservação. Andamos por algum tempo por ela. 

Depois descemos e saímos perto da Torre Guinigi. Construída no século XIV, fica nas esquinas das Via Sant'Andrea e via delle Chiavi D'Oro. Tem 45 metros de altura e internamente 225 degraus para alcançar seu topo, onde existe um jardim. Quando chegamos estava fechada para visitação.  Continuamos andando e passamos pela Torre delle Ore, que fica na Via Filungo, provavelmente construída no século XIII, tem cerca de 50 metros de altura e como o nome diz, ostenta um belo relógio.





Descemos até a Via Roma e fomos até Piazza Michele, onde um violinista se apresentava na rua para um público sentado nas calçadas e em um café próximo. Depois fomos até a Piazza Napoleone e almoçamos no restaurante Da Umberto la Pizzeria Contemporanea, onde comemos duas ótimas pizzas, chopp e coca cola. 



Terminado o almoço, como eram quase 17h00, decidimos voltar ao hotel pois, os portões para o show abririam às 19h00.



Chegamos no hotel, descansamos e passando um pouco das 19h00 horas, fomos para a Praça.  

Estava muito organizada a entrada. Entramos e facilmente achamos nossas cadeiras. 



Às 20h00 começou o show de abertura com a cantora italiana Carmen Consoli e às 21h15, entraram no palco Robet Plant e Alison Krauss. Haja coração.



Espetáculo muito bom. Robert Plant, apesar dos seus 74 anos, continua o mesmo, com muita energia e aquela voz inconfundível. Alison Krauss foi uma grata surpresa, pois não a conhecia, mas tem participação ativa no show, tanto cantando como tocando violino.

Constatamos a veracidade de que o público europeu é frio. Mesmo a gente percebendo que todos ali, estavam gostando e muito do show, a plateia se manteve discreta, aplaudindo, mas comedida. Mesmo na hora do bis, manteve-se educadamente atenta e no final, aplausos de pé, sem os tradicionais gritinhos e assobios que estamos acostumados aqui no Brasil.

Esperamos a maioria das pessoas para sair da praça e fomos ao centro, pois neste dia, como fazem no verão, uma vez por semana o comércio no geral, fica aberto até às 24h00. Apesar de ser tarde, estava muito calor. Então tomamos um gelato na Via Roma no I Gelati di Piero que tinha fila de umas dez pessoas, mesmo passando das 23h30. Tomamos o sorvete e fomos como sempre, se deliciando com a atmosfera pelas ruelas estreitas até o hotel.

Acordamos no dia seguinte, tomamos nosso cappucino bem cedo, preparado pela senhora do hotel. Arrumamos as malas e fomos para a estação, onde nosso trem para Siena sairia às 13h31.


No meio do caminho, como ainda eram 11h30 e estava muito calor, ficamos em um bar próximo a saída da cidade e tomamos um Aperol Spritz e um Lemon Soda para refrescar. Saímos e dali fomos direto para o embarque com a certeza de que, quem sabe, em outra oportunidade, num festival futuro, outros cantores nos motivem e nos façam retornar à Lucca.


domingo, 23 de outubro de 2022

RIOMAGGIORE E MARANOLA


Chegamos na estação e fomos direto ao binário dois, onde o trem que nos levaria para Cinque Terre estava parado. Entramos e em cinco minutos ele partiu. E em cinco minutos, descemos em Riomaggiore.
Logo a frente tem um elevador pago, que te leva para a parte alta da cidade. Resolvemos ir andando por uma rua lateral.







Chegando na parte de cima, à vista do mar é tão incrível como a que tínhamos visto no dia anterior em Corniglia.






Continuamos andando por um caminho por cima de um morro que circunda o mar e a cada metro andado, uma parada, para registrar toda aquela imensidão azul que é o Mediterrâneo.
Seguindo, chegamos a um ponto em que poderíamos ir para esquerda ou descer uma escada. Optamos em descer pela escada. 




Só que o que se mostrou à frente, eram muitas escadas.
Fomos descendo por escadas estreitas e íngremes pelo meio das casinhas coloridas até sair em um patamar onde se avistavam as pedras, o mar e a cidade mais embaixo.







  Continuamos a descer até chegarmos em um pequeno atracadouro, onde pequenos barcos de pesca ou passeio, paravam. Mais acima e a esquerda, do outro lado de umas pedras, era o atracadouro da barca que faz a rota entre as cidades. 



Ficamos um pouco por ali e depois seguimos por uma espécie de túnel que atravessa por baixo das construções e sai em uma rua movimentada, que fica atrás deste pequeno porto. Esta rua concentra a maioria do comércio, bares e restaurantes da cidade.




 Subindo por esta rua, paramos em um estabelecimento chamado Il Pescato Cucinato. Que vende as famosas frituras da Região. Trata-se de um cone, onde se é colocado um pouco de tudo: peixe frito, peixe empanado, lula, camarão. Tinha uma pequena fila. Comprei uma fritada grande mista e um cone de batatas. Para acompanhar, uma garrafa pequena de vinho da Ligúria.




Comemos ali mesmo, sentados em uns bancos colocados à disposição dos clientes. O vinho foi uma surpresa, pois além de combinar plenamente com o que estávamos comendo era muito bom. Vale a dica para quem for se deliciar com esta comida típica da Ligúria. 
Depois continuamos a andar até uma rua que nos permitiria retornar pela parte mais alta da cidade.




Saímos então novamente naquele ponto onde havia as escadarias. Tomamos a via a direita em direção ao caminho de volta a estação. Novamente paramos a cada metro andado para apreciar o mar, que do alto, tem um azul que se confunde com o céu.




Seguimos pela rua que tínhamos chegado e voltamos a estação.
Não demorou muito e chegou um trem. Estava completamente lotado. Entramos e ficamos na porta, já que íamos descer na próxima parada. Só que ele acabou, não sabemos por que  motivo, indo direto para Monterosso. Descemos e fomos até o outro lado da estação para pegar o trem de retorno. O passe foi muito bom neste caso, pois se não o tivéssemos, teríamos que ter enfrentado fila no guichê para comprar outra passagem. Além do custo, a perda de tempo.


Pegamos o trem em seguida e paramos em Manarola, a quinta e última das Terres que iríamos conhecer.
Descemos da Estação rumo a cidade, através de um túnel que sai na rua principal.




A esquerda, vai-se ao mar e a direita, em direção a parte alta da cidade. Subimos então à direita. Seguimos a via, sempre subindo até um ponto onde havia duas vielas. Escolhemos a que tinha mais sombras, pois o sol estava muito forte. Chegamos até um restaurante de nome La Regina di Manarola. Entramos e nos sentamos em uma mesa ao ar livre, que nos dava uma vista incrível da cidade.




Pedimos para comer, Trofie que é uma massa curta feita de farinha e água, sem ovos. Ao Pesto, que é o molho Genovês, basicamente de folhas de manjericão, moídas com especiarias. É um prato tradicional aqui da Ligúria e não tínhamos experimentado ainda. Como sempre, para refrescar, além de água. Aperol Spritz e Lemon Soda.







Ficamos por quase duas horas ali. Pois estavam muito gostosas a combinação da comida, brisa e paisagem. Saímos do restaurante e continuamos a subir a via até uma praça, onde tinha uma pequena capela, a igreja de San Lorenzo e um Mirante.







Entramos na Igreja para conhecê-la e ficamos depois alguns minutos no mirante. Saímos e descemos em direção ao mar.




Chegando, já se tem uma ideia do porquê estas cidades são tão procuradas pelos turistas. As paisagens, o mar azul, contrastando com as rochas e as casinhas coloridas, são simplesmente inesquecíveis.








Saímos por uma pequena via lateral onde é o começo da trilha par quem segue a pé para Manarola, Ali se tem a vista cartão postal. Aquela famosa vista que encontramos em quase todas as publicações sobre Cinque Terre.





Ficamos algum tempo admirando, sem vontade de ir embora. tentando registrar na memória para sempre, aquela vista.
Mas como tudo tem começo, meio e fim, estava na hora de irmos. Retornamos para a estação, pegamos o trem, que estava lotado de turistas indo e vindo e em 10 minutos estávamos na estação de La Spézia. Fomos ao hotel descansar para depois sairmos a noite.
 
 
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PRIMEIRA PARTE DE CINQUE TERRE

Milão/Roma " É preciso ver o que não foi visto, ver outra vez o que se viu. É preciso recomeçar a viagem. Sempre." - José Saramago

  Nossa viagem começou com um pedido da Viviam de conhecer Lautenbrunem, levar o Gustavo conhecer Pompéia e por fim que a viagem começasse o...