Saímos do Hotel e como já tínhamos comprado o passe para o dia todo, fomos direto ao Binário 2 da estação de La Spézia, de onde estavam saindo os trens em direção a Levanto, destino final, depois de passar pelas cinco cidades.
Nossa programação era descer em Monterosso al Mare e vir voltando e conhecer, além de Monterosso, Vernazza e caso desse, Corníglia.
Partiu o trem e pouco mais de vinte minutos, após as quatro primeiras paradas, descemos em Monterosso.
Monterosso al Mare, talvez não seja a mais bonita, mas é a que tem mais hotéis e hospedarias. E para você que pretende ficar por uns dias em alguma das vilas, é a que tem melhor infraestrutura para quem pretende pegar uma praia.
Saímos da estação e descemos até a rua principal, que margeia a praia. Além de alguns hotéis, tem restaurantes e bares e um comercio de souvenirs em toda sua extensão. Seguimos até o final desta rua, aonde chegamos próximo ao Gigante de Monterosso. Não seguimos a diante, pois havia um portão fechado que dava para uma propriedade particular.
Gigante de Monterosso é uma estátua do Deus Neptuno, em cimento, virada para o mar. Obra de Arrigo Minerbi datada de 1910. Ela decorava a Villa Pastine que foi bombardeada na segunda guerra mundial, que ocasionou a destruição do terraço em forma de concha que também fazia parte da escultura. Na década de sessenta sofreu outros danos em razão de fortes chuvas e ressacas na região.
Retornamos novamente pela orla e paramos em um bar, ao lado de uma gelateria, de nome Baretto para tomar nosso já tradicional Aperol Spritz e Lemon Soda, à beira da praia. E por ali ficamos um tempo apreciando a vista do mar.
Vernazza, segunda cidade seguindo de Monterosso em direção a La Spezia. Foi terrivelmente castigada por fortes chuvas em outubro de 2011. Ainda hoje, as trilhas que passam na região, estão fechadas por falta de segurança.
Chegamos na estação e descemos até a cidade.
Esta sim, é como nas fotos de Cinque Terre, casas coloridas em volta dos morros, pequeno porto no centro, pessoas a tomar sol em cima de pedras, pois não existe faixa de areia. Andamos pela cidade, que é pequena e cheia de bares e restaurantes, junto ao pequeno comércio de produtos locais e souvenirs.
Descemos em direção ao mar pela Via Roma que depois muda para Via Visconti, mas antes, vimos uma passagem à esquerda entre as casas. Fui ver o que tinha após esta entrada, era uma prainha toda de pedras, local de extrema beleza.
Chegando no portinho, bem no centro da cidade, à esquerda, fica depois de umas rochas, o atracadouro para o barco que faz a linha La Spezia Monterosso. À direita uma igreja, a Chiesa di Santa Marguerita di Antiochia. Fomos então conhecê-la.
Igreja construída em 1318, no estilo Gótico Ligúrico. Erguida sobre um edifício do século XI, em cima de uma rocha em frente ao mar. De acordo com a tradição da cidade, após uma caixa de madeira ser encontrada na praia, contendo os ossos do dedo de Santa Marguerita, os moradores construíram uma igreja, no bairro de Isolotto, para guardar os ossos. Mas esta igreja, devido a um forte temporal, acabou sendo destruída e as relíquias, desapareceram. Algum tempo depois, foram reencontraram no local, onde posteriormente, ergueram a Chiesa di Santa Marguerita di Antiochia que se mantém até hoje.
Saímos da igreja e subimos uma viela por trás dela e saímos em um local mais alto onde tivemos uma vista muito bonita de toda a cidade e das rochas que cercam a vila.
Achamos um cantinho ali perto que tinha um banco com sombra. Estava muito quente, acima de 36 graus. Ficamos meia hora e descemos para continuar vendo a cidade.
Andamos pelo centro um pouco, olhando o mar e o movimento da cidade, que a esta hora já estava muito intenso. Pensamos em almoçar, mas todos os restaurantes estavam lotados e os que tinham vaga, as mesas estavam em locais não muito confortáveis para se comer. Resolvemos ir para estação e conhecer a próxima cidade, já que eram 15h00 horas.
Pegamos o trem e mais cinco minutos, estávamos em Corniglia.
Corniglia. é a cidade do meio e a menos visitada das cinco. Isto por não ter atracadouro para os barcos que fazem a navegação entre as cidades e a estação parar na parte debaixo da cidade. Assim, para se ir até ela, tem que subir 386 degraus ou pegar um ônibus. Mas depois de conhecê-la, posso afirmar, que vale o sacrifico. A cidade é linda e as vistas do alto são indescritíveis.
Ao descermos do trem, resolvemos pegar a condução, já que a fila não estava grande, mas o calor, era intenso.
O ônibus leva uns cinco minutos e deixa o turista na entrada da cidade. Final da escadaria para quem sobe por ela. Para chegar à cidade, tem que continuar subindo, agora, por uma viela de nome Via Fieschi.
Fomos então caminhando por esta via que tem um aspecto medieval, e onde se localizam vários bares e restaurantes, bem como, lojinhas de artigos turísticos. Continuamos até chegar em uma pequena pracinha de nome Largo Taragio, abaixo de uma igrejinha. Sentamos em uma mesa sob umas árvores e pedimos no Bar Nunzio, uma tábua de frios, chopp e um lemon soda. Ficamos ali nos deliciando com a comida e o frescor da sombra das árvores por mais de hora e meia.
Após este almoço maravilhoso que tivemos, seguimos subindo até um mirante. Ali sim, tivemos a verdadeira visão de o porquê as pessoas ficam encantadas com esta região da Itália.
Estávamos sem palavras com tanta beleza e sem vontade de voltar. Mas como já estávamos bem cansados e teríamos mais um dia pela frente para conhecer as outras duas cidades, resolvemos começar a descida em direção ao ônibus e depois à estação.
Depois, descemos até a parada do ônibus, que nos deixou ao lado da estação. Logo em seguida, chegou o trem e fomos até a estação de La Spezia e de lá para o hotel, descansar um pouco.
PARA CONTINUAR CLIQUE AQUI
LA SPEZIA, A ENTRADA PARA CINQUE TERRE
ou
SEGUNDA PARTE CINQUE TERRE
Nenhum comentário:
Postar um comentário