quarta-feira, 17 de agosto de 2022

PARIS, CIDADE LUZ








 Paris é chamada de Cidade Luz, não por ser muito iluminada como muitos pensam, mas porque, durante séculos, as mentes mais brilhantes e iluminadas das diversas vertentes das artes, eram atraídas para Paris.

Seguindo nossa viagem, pegamos o trem na estação central de Amsterdam, saiu no horário, às 11h15, sem problemas. Viajem agradável, duração de 3h20, passando pela Bélgica. Chegamos em Paris, na Gare du Nord às 14h35. Saímos da estação e como os metrôs estavam em greve, fomos procurar um ônibus que nos deixasse próximo do hotel. Bom as primeiras impressões não foram boas. Talvez por estarem em greve e ser próximo a uma estação, havia muita sujeita na rua, uma confusão no trânsito e filas enormes no ponto de ônibus. Pensamos em táxi, filas também. Como nosso hotel ficava a 1,80 km da estação, resolvemos ir batendo mala pelas ruas, assim já íamos conhecendo um pouco da cidade.

As ruas realmente estavam sujas. Lixos se acumulavam pelas calçadas. Achamos que a coleta devia estar em greve mesmo.

Após 35 min de caminhada, chegamos ao Hotel Josephine by Happyculture, no número 67 da Rue Blanche.

Por que escolhemos este Hotel?




                      

 


    

Primeiro porque, desceríamos na Gare du Nord e sairíamos para a Suiça pela Gare Lyon e a  duas quadras do hotel, tem a estação do metrô, a Blanche. que fica quase em frente ao Moulin Rouge. Isto nos facilitaria a chegada e a saida, bem como os passeios. Dava para ir a pé ao Sacre Coer, e facilmente de metrô às outras atrações. E principalmente, o Hotel, um 4 estrelas que parecia muito aconchegante e estava num preço ótimo.

Chegamos no Hotel, fomos muito bem recebidos, os quartos ótimos, assim como o banheiro, muito bom.

Descansamos um pouco e no final da tarde, fomos andar nas proximidades do hotel, ver o Moulin Rouge, e comer algo.




Manhã seguinte, acordamos e a nossa programação seria ver a famosa Dama de Ferro. Fomos tomar o café do hotel. Ótimo café e o local em que servem, é muito charmoso, parece uma gruta, 


Sem metrô, resolvemos ir andando até a Torre Eiffel, apesar da distância ser mais ou menos de 4,5 Km do hotelE valeu muito a pena, pois apesar do cansaço, do frio, que não é tão ruim assim e de um pouco de chuva que pegamos, todos estes dias que passamos andando nos obrigou a ver a cidade de outra maneira, pois jamais íamos andar por certas ruas se o metrô estivesse normal.



 




Bom, continuando, saímos então em direção a Torre. Cruzamos direto pela Chanps-Élysées e saímos nas margens do Rio Sena, de onde dava para ver ao longe, a Torre. 

Atravessando o rio, seguindo em direção a ele, tive a imagem que considero a melhor para mim, destes dias em Paris. A Torre entre os prédios, a poucos metros das janelas dos moradores.





Fomos em direção a Torre e realmente, ela é muito bonita, muito alta, digna de todos os elogios e demonstrações de amor que já recebeu.




 Ficamos andando em volta da Torre admirando, sentamo-nos nos bancos dos jardins e assim  passamos umas duas horas  muito agradáveis por ali. Subir na Torre? Coisa que todos não veem a hora de fazer. Pois o meu pessoal, não quis. Parece estranho, mas todos preferiram vê-la de baixo e olha que não tinha fila neste dia para os ingressos. Mesmo assim, valeu muito a pena.

Saímos de lá, almoçamos em um restaurante próximo à Torre. Após o almoço, saímos dar uma caminhada pelas margens do Sena e em seguida, fomos em direção a Champs-Élysées, para ver a iluminação de Natal, muito bonita por sinal.


Em seguida, retornamos ao hotel. Aproveitamos para admirar a cidade no caminho de volta. Passamos em um mercadinho e pegamos pães, queijo e vinho para um lanche à noite.

Na manhã seguinte, após o café, como já tínhamos planejado, fomos ao Louvre. Primeiro ver a sensacional exposição dos 500 anos do Leonardo da Vinci, exposição única. Talvez demorem mais 500 anos para reunir todas as obras que conseguiram nesta, sem contar a Mona Lisa que ficou no seu cantinho no próprio Louvre.
Para chegar até lá, perguntamos ao recepcionista do hotel, que por sinal morou alguns anos no Brasil e falava português, como ir ao Museu sem andar muito e ele nos indicou um ônibus que parava à poucos metros do hotel. Pegamos o ônibus, um pouco lotado, por causa da greve e em 20 min. estávamos descendo na frente do Louvre.




 Nos dirigimos até a Pirâmide, onde fica a entrada. E para variar, uma fila enorme dava voltas em frente à porta de entrada. Como costumo fazer, para não ficar em fila errada, perguntei à um segurança se era por ali a entrada da exposição. Ele confirmou, mas disse e aí eu não entendi o porquê, que nós poderíamos entrar por um portão ao lado.  E por lá fomos. Só que saímos do começo da fila, onde nos olharam com cara de " Quem será que são, porque o fiscal os deixou furar a fila"? Fiz aquela cara de paisagem, coloquei a Vivian e meus filhos na frente e entramos. Continuo até hoje não entendendo, mas ganhamos uma meia hora aí.

Fomos então primeiro à exposição dos 500 anos e após umas 3 horas, entramos para ver a exposição permanente do Louvre. Para ver todo o Louvre, talvez uns três dias e ainda não chegue. Então, tínhamos relacionado o que queríamos ver. Pegamos um mapa do museu e lá fomos nós. 





E A MONA LISA?
Bem, a Gioconda é um caso à parte. Filas para vê-la. E o mais interessante é que as pessoas pensam que é um quadro enorme e acabam se decepcionando um pouco. 
Suas dimensões são 77cmX53cm. mas no restante, quanto a sua beleza e seu sorriso enigmático, isto é muito verdadeiro. O chato é que ela fica dentro de uma caixa de vidro a prova de balas e a gente não consegue ficar a menos de dois metros dela e tem que ver rápido, por causa da fila.



Depois de mais de quatro horas dentro do Louvre e com a sensação que faltou muita coisa para ver ainda, ufa! saímos.
  Já passavam das 16h30 e fomos almoçar em umas lanchonetes que tem no próprio Museu.
Ao terminarmos o almoço, saímos e quase do lado de fora, um rapaz, moreno, vestido de terno, veio perguntar para o meu filho sobre os ingressos. Ele olhou para mim, não entendendo e eu comecei a falar alto, em português mesmo, que não ia procurar ingressos agora e que estávamos saindo. Este rapaz, quando percebeu que outras pessoas nos olhavam, saiu de fininho e sumiu. Quando saímos para fora, tinham outros rapazes muito parecidos com ele. Vim a descobrir depois, que era golpe. Eles esperam você mexer nos bolsos e tentam roubar a carteira ou passaporte. Portanto, cuidado. Saímos de lá e fomos dar um passeio pelas margens do Sena. E no caminho de volta para o hotel, paramos na Livraria Fnac, para os filhos comprarem uns livros. Compramos um lanche depois e fomos para o hotel.
Ao chegar no Hotel, surpresa....
Recebi um comunicado no e-mail, que nosso trem para Suíça havia sido cancelado e que deveríamos entrar em contato com a companhia, para trocarmos as passagens para um outro dia caso houvesse passagens, pois era dia 19 de dezembro, uma quinta-feira, quase Natal.
Descobrimos então, que na Gare Saint-Lazare, que fica à 600 m do hotel, havia um escritório da companhia de trens e 
lá poderíamos resolver o problema.

Dia 20 de dezembro, uma sexta-feira, tomamos café no hotel e fomos para a estação resolver nossas passagens.
 Chegando na estação, conversamos com um atendente e ele nos apontou uma fila que saía de uma pequena porta e dava voltas pelo saguão da estação. Sem ter o que fazer, fomos para fila.
Vendo que uma funcionária da companhia saía para fora para auxiliar às pessoas que estavam na fila, eu como sempre, para não entrar em fila errada, fui com o meu filho perguntar a ela, se estávamos no local certo e para nossa surpresa, disse que sim, mas era para acompanhá-la e assim, fomos colocados para dentro. Entramos e em 20 minutos trocamos as passagens para o mesmo dia 22 de dezembro, só que no horário das 12h25. Saímos e fomos pegar a Vivian e o outro filho que ficaram na fila. Novamente nos olharam com aquele olhar de "porquê furaram a fila"? e mais uma vez, fiz aquela cara de paisagem e fomos para rua dando risada, sem entender muito bem, de novo, o que havia acontecido. Ali na frente da estação, descobri duas coisas: primeiro, que pela troca do horário, iríamos perder a conexão em Basiléia e em segundo, que havia uma linha automática de metrô saindo dali e, portanto, não parou com a greve. Por sorte, esta linha nos deixava dentro da Gare de Lyon,
 de onde sai o trem para Suíça. Consegui comprar pelo aplicativo novas passagens para conexão Basiléia-Lucerna. 
Então pudemos prosseguir o passeio andando até o Centro, onde passamos o dia e fomos conhecer toda a extensão da Chanps-Élysées, desde o Arco do Triunfo até a Place de la Concorde.
  
 Como sempre, fomos nos perder pelas ruas do centro de Paris. Passamos pela Catedral de Notre-Dame, que continua fechada. Chegamos até a Prefeitura da cidade, onde havia uma feira de Natal e tomamos o famoso vin chaud ou vinho quente, algo parecido com o nosso quentão. Já bem cansados, retornamos ao hotel, fizemos um lanche e fomos dormir.









Na manhã seguinte, após o café, pegamos o mesmo ônibus que nos levou para o Louvre e fomos até o Museu d'Orsay. Compramos os ingressos na hora, e lá fomos para umas 5 horas de visita. E para quem gosta de pinturas e esculturas é o lugar certo. Uma antiga estação de trem, toda reformada, com uma coleção inigualável de grandes artistas,








Terminada a visita, fomos almoçar no restaurante do Museu.

Após este espetacular almoço, já que eram mais de 16h00, fomos passear pelas ruas próximas ao Museu, depois seguimos em direção ao prédio do Louvre. Como escureceu, dava para ver da rua a Torre Eiffel toda iluminada ao longe. Um belo espetáculo.  Passamos pela ponte Alexandre III. para poder admirá-la. O trânsito nesta região, como todas as vezes que passamos por ali, estava caótico. Dizem que não é muito diferente nos dias normais. Mas acho que a greve, deve ter piorado um pouco. Coisas de cidade grande. Barulho, poluição e gente estressada. Vimos um transeunte esmurrando o vidro de uma ambulância, porque o motorista buzinou para ele andar mais rápido. Foi até engraçado. Passado a raiva este mesmo homem virou-se e continuou a andar como se nada tivesse acontecido. Retornamos ao hotel. Na metade do caminho paramos em um café para descansar um pouco e aproveitarmos para jantar.
Já eram mais de 21h00, quando saímos do café,  
Resolvemos então retornar direto para o Josephine. 

Reservamos o último dia em Paris para visitar Montmartre e a Igreja do Sacré-Coeur de Marie.
Fomos andando e passamos para conhecer o Café Deux Moulins onde foi filmado O Fabuloso Destino de Amélie Poulain .  


Seguimos em frente e fomos até a casa
 do Theo van Gogh, irmão de Vincent van Gogh, que morou alguns meses ali. Visto a casa, nos dirigimos à igreja de Sacre-Coeur de Marie.








 Magnífica! Fica em um morro de onde se tem uma visão privilegiada da cidade. Quando fomos entrar na igreja, uma revista minuciosa dos seguranças. Ficamos até meio receosos, mas como houve ataques terroristas a pouco tempo em Paris, talvez seja por isto, a preocupação.
Entramos e ficamos admirados com a  grandiosidade e beleza  dos Vitrais, afrescos e pinturas pelas paredes e tetos. Uma hora e meia depois, Saimos da igreja e fomos andar por Montmartre. 
Lugar muito bonito, talvez, sem desmerecer a região da Torre e do Louvre, o mais encantador da cidade. Muitos artistas na rua e aquela atmosfera parisiense, que temos na memória, por causa dos livros e filmes. Fomos ver a La Maison Rose por onde passaram muitos artistas como Pablo Picasso. Andamos pela Rue de L'Abreuvoir, que é de uma beleza sem fim e chegamos até o busto da grande artista Dalida, que foi colocado em uma pracinha próxima a sua última residência. De lá, fomos almoçar em um restaurante muito simpático nas proximidades.








    
 Após o almoço, voltamos serpenteando pelas ruas charmosas deste bairro até o Cemitério de Montmartre. Pensei também em ir ao Cemitério do Père-Lachaise, queria ver o túmulo do Jim Morrison, mas ficava um pouco longe e não daria tempo de ir.
Sim, cemitério também é cultura e as capelas e estátuas que enfeitam os mausoléus são magníficos. Vale um tempinho por lá. 
Fomos especialmente para ver o túmulo da Dalida, meu filho queria ver o do pintor Degas e a surpresa foi um médico famoso, que não conhecíamos. 



 Dr. Guy Pitchal, psicanalista e endocrinologista, falecido em 1989.
Ao andar, a figura do rosto que está esculpida em um oco, nos segue com os olhos e um leve sorriso. Incrível! Se um dia estiver em Montmartre, não deixe de ver. 





Saímos, já quase 18h00 e seguimos para o hotel, para nos prepararmos, visto que, no dia seguinte, sairíamos cedo rumo a Suíça, se os grevistas deixarem...

Levantamos cedo para o café e seguimos a pé, até a estação Saint-Lazare de onde pegamos o metrô linha ... e descemos dentro da Gare Lyon. Aguardamos o horário de embarque e lá fomos para a Suíça. 



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