sexta-feira, 9 de junho de 2023

Nossos caminhos sempre acabam nos levando a Roma







 Então, para novamente satisfazer o desejo da Vivian, estamos indo de Tirano , onde fizemos o passeio com o Bernina Express, para Milão,  de onde pegaremos um trem direto para Roma.

Chegamos em Milão as 13h40 e tínhamos até as 16h00 para embarcar no trem que nos levaria a Roma. Então fomos primeiro dar uma olhada na parte externa da estação. Já havíamos ficado hospedado em duas oportunidades nas proximidades. Diferente das outras vezes, estava um dia chuvoso e muito frio. Fomos então almoçar.  Descobri, que na saída lateral que dá para a Piazza Duca d'Aosta, a esquerda, tem um restaurante chamado Dispensa Emília, que tivemos a oportunidade de conhecer quando estivemos em Bolonha. Como tínhamos gostado muito de uns minis sanduíches, chamados de Tigella, um pão fino típico dos Apeninos Emilianos, assados  e recheados na hora, resolvemos entrar e pedir para o almoço, duas massas com refrigerante e para levar, uma porção de Tigella clássico. Terminado o almoço, saímos e fomos dar uma olhada em algumas lojas na estação para passar o tempo. Aproveitamos também para tomar um café, já que o clima estava convidativo. Faltando 20 min para nosso trem, seguimos para à plataforma. 




O trem saiu pontualmente as 16h00 e a viagem foi tranquila. 

Chegamos na estação Termini, também, pontualmente, as 19h10.

Seguimos para o Hotel Contilia. Hotel em que todas as vezes que estivemos em Roma, nos hospedamos nele. É um bom hotel, está um pouco sem manutenção, talvez em função do período da pandemia. Parece que estão , aos poucos, dando uma reformada em alguns quartos.  Mas o atendimento na recepção continua muito bom, o café é simples mas satisfatório e principalmente, a localização, há três quadras do Termine, o que facilita e muito os deslocamentos de chegada e saída para outros lugares e para o centro de Roma , bem como, para o aeroporto. 







Deixamos nossas malas no quarto e voltamos para a estação, procurar a loja e a tal mala que a Vivian queria e não tinha conseguido comprar em Milão. 

Entramos na estação e lá estava a loja e a bolsa de viagem que ela tanto queria. Entramos, compramos , saímos e fomos ao Mercato Centrale, um espaço ao lado da Estação Termini, na Via Giovanni Giolitti, onde tem diversos estabelecimentos para alimentação. Desde pizzas a sanduíches, carnes, petiscos e bebidas, tanto para comer no local como para levar. Indo a Roma e estando perto da Estação, não deixe de visitar.

Pegamos croquetes para comer e pedimos na mesa cerveja e Limon soda. Lugar agradável e muito bem frequentado. Terminamos nosso lanche e fomos para o hotel descansar.




Dia seguinte, primeiro de março, levantamos cedo, tomamos nosso café e seguimos para a Estação, onde comprei 12 passagens para o metrô em uma tabacaria na entrada das catracas. Pegamos a linha A em direção a Battistini e descemos na estação Flaminio. Andamos até a saída que dá para a entrada da Piazza del Popollo. 

Dica, depois de passar as catracas de saída do metrô, siga em frente e quando chegar em uma bifurcação, pegue a saída da esquerda que te levará para a entrada do portal da Praça.



Entramos pelo Portal e fomos direto para a Igreja que fica logo a esquerda de nome Basílica de Santa Maria del Popollo e tem em seu interior, entre muitas obras de arte, três quadros do Caravaggio. Mas como estava na hora da Missa e já tínhamos ido várias vezes lá , resolvemos não esperar pelo final da celebração. Mas para quem nunca foi, fica a dica. Terminando a missa dá para entrar e admirar as obras. 



Descemos pela praça e fomos até as igrejas gêmeas.  As duas Igrejas são, a Santa Maria in Montesanto terminada em 1675 e a Santa Maria dei Miracoli terminada em 1678. São chamadas gêmeas por serem simétricas e foram construídas segundo o desejo do Papa Alexandre VII. Entramos para visitar a igreja da direita, Santa Maria del Miracoi, pois a outra estava fechada. Igreja muito bonita por dentro com muitos detalhes , esculturas e pinturas .




 Saímos e seguimos pela Via del Babuino, que ficando de frente para as igrejas gêmeas é a via mais à esquerda e passa pela frente das escadarias da Piazza di Spagna.

Dica.   A via que fica ao centro, chama-se Via del Corso . Seguindo por ela chega-se ao Altare della Patria. E seguindo pela lateral esquerda deste, chega-se ao Coliseu.

          Seguindo pela via mais a direita, de nome Via di Ripetta, passando o Mausoléu de Augusto, vira na próxima esquina a direita e chega-se ao Rio Tibre. Seguindo pela margem direita deste rio, chegamos até o Castel Sant' Angelo e mais a frente a entrada do Vaticano.



 Como já conhecemos a igreja que fica na parte de cima das escadarias, seguimos em frente agora pela Via di Propaganda e chegamos a Basílica Sant'Andrea delle Fratte.  Esta igreja foi construída sobre outra mais antiga erigida em 1192. A Atual é uma basílica menor construída no século XVII e dedicada a Santo André. Entramos para conhecer e ficamos surpresos pois, por uma porta lateral tem uma saída, que dá acesso em um belo jardim, cercado de pés de limão siciliano. 





 Saímos da Igreja e continuamos andando até a Via Poli e,  por esta chegamos ao lado da Fontana di Trevi, que para variar, estava lotada de turistas. Como  das outras vezes, a Vivian foi jogar sua moedinha com o desejo de retornar a Roma. Se o ritual  funciona para todos,  eu não sei. Só sei que  esta é a quinta vez que ela faz o mesmo pedido nesta mesma fonte e olha nós aqui de novo. Para não deixar as tradições de lado, fomos tomar um gelato na Melograno Gelato Pizza e Caffé, que fica ao lado da Fontana.

 


Depois do gelato fomos na igreja que fica em frente a Fontana, pois nunca havíamos entrado nela. 

Santi Vincenzo e Anastasio a Trevi, é uma igreja barroca construída entre 1646 e 1650.

Tem se uma visão diferente da Fontana visto que esta igreja está num no local um pouco mais elevado







Seguimos então andando por trás da Fontana até chegar na Via del Corso, onde iríamos a mais dois lugares que já se tornaram tradição para nós. 

Primeiro passamos pela Basílica dei Santi Ambrogio e Carlo al Corso, considerada pela Viviam a mais bonita das que viu em Roma e, realmente ela o é. Lindíssima , com suas paredes e pilares revestidos em mármore, sem contar a sua decoração, estátuas e quadros distribuídos em suas pequenas capelas laterais.

Ficamos pouco tempo por lá pois chegamos na hora da missa e não pudemos andar muito por dentro da igreja.




Depois seguimos subindo e chegamos ao número 502 da Via del Corso onde fica o Gino , que é um pequeno lugar , onde servem uma pizza diferente. Massa branca com mortadela. Tem também, massa com Nutella ou somente a massa. Simplesmente deliciosa. Foi nosso almoço. Se estiver em Roma, não deixe de experimentar. 



Continuamos subindo a via até a Piazza del Popollo e mais uma vez fomos na Basílica de Santa Maria e mais uma vez, estava tendo uma missa. Fazer o que? Resolvemos então pegar o Metrô e retornar ao hotel para descansar um pouco, já que ainda era cedo.


Chegamos no Hotel Contilia e descansamos por uma hora. Depois saímos e seguimos a pé para o Coliseu.


Andamos por algumas pequenas vias, mas sempre em direção ao Coliseu e, em uma destas vias, a Via del Monte Oppio número 28, nos deparamos com uma pequena igreja, que parecia ser antiga e como estava aberta, entramos. Era a Basílica de Silvestre e São Martino dos Montes. Igreja pequena para os padrões de Roma. Bem cuidada.

Quando nos sentamos um pouco para admirá-la veio um senhor e, em italiano,  nos contou que embaixo desta igreja, havia outra igreja bem mais antiga e que poderíamos conhecê-la. Então ele nos acompanhou e mesmo falando em italiano, conseguíamos entender quase tudo o que ele nos mostrava . Realmente  sensacional.  Uma  Igreja enorme que fica praticamente a dois pisos abaixo da atual.



Sabe-se que foi fundada pelo Papa  Silvestre I . Também que a reunião preparatória para o Concílio de Nicéia foi realizada ali em 324. Na sacristia da Basílica guarda-se um candeeiro de prata que dizem , ter sido feito com a tiara de São Silvestre. E sob o altar, estão as relíquias dos santos  Artemio, Paolina e Sisinnio.




Depois de tudo o que vimos, saímos admirados com tanta história e a impressão de que Roma, não dá para se  conhecer em apenas uma vida.



Seguimos nosso caminho, andando pela via ao lado  do Parco del Colle Oppio e por fim chegamos ao Coliseu. E como sempre, ele traz aquela sensação de grandiosidade que nos remete a centenas de anos de história que se passaram ali. Naquele local. onde hoje estamos, mas que se voltássemos no tempo, teríamos em vez de carros e turistas, o povo entrando para assistir espetáculos e encenações, como combates entre animais ferozes e gladiadores, batalhas e execuções.



Já era mais de 17h30. As luzes do Coliseu se acenderam, deixando-o mais bonito e oponente. Andamos pelo entorno. Sentamos na Praça que fica a sua frente e, esperamos o anoitecer.






Já estava bem escuro, quando saímos e seguimos em direção ao Altare della Patria. Contornamos a Piazza Venezia e fomos até o Bibo Ristorante e Bar. Entramos e nos sentamos no salão interno, pois, estava muito frio pra ficar na parte externa do restaurante. Pedimos uma lasanha para a Vivian, pois ela acha que é a melhor lasanha ao forno  que ela já comeu em todas as viagens que fizemos. Também pedi um Fettuccine al ragù  e como entrada , Pizzottelle fritte. que é uma massa de pizza frita, deliciosa. Vinho e água, para acompanhar. Terminado o jantar apareceu o garçom, que nos tinha atendido na vez passada em que fomos ao restaurante.  



Daquela vez , como era verão, nos sentamos na parte externa. E ele  tinha comentado de um ratinho , que aparecia no local  para  procurar comida. .O tal ratinho, ficou amigo deles e sempre aparecia para dar suas voltinhas  , mesmo de dia. Ganhou até um nome, Miguelito. Perguntei a ele então, se continuava cuidando do Miguelito. Foi então, que nos  contou que um belo dia de verão, o Miguelito saiu para seu costumeiro passeio e, uma ave  da região, deu um rasante e pegou o Miguelito. Dito isso, pudemos adivinhar o final da história. Uma pena, pois até que o ratinho era bonitinho.

Acabamos o vinho, pagamos e voltamos andando até o Coliseu . De lá,  pegamos o metrô e fomos para o hotel.


Dia 02 de março, depois de 23 dias de viagem, este seria nosso último dia na Europa e para ele, reservamos a ida a Galeria Nacional de Arte Moderna e Contemporânea, onde em seu acervo constam vários quadros de artistas que gostamos muito, inclusive um do Van Gogh. 

Tomamos nosso café, seguimos ao Termini e novamente pegamos o metrô linha A. Descemos na estação Flaminio. Pegamos a saída que dá acesso ao portal da Piazza del Popollo e seguimos pela via Degli Orti Giustiniani. Em seguida, contornamos um parque pela Viale Madama Letizia, até a Piazzale Ferdowsi,  de onde já se avistava a Galeria. Descemos por uma escadaria e estávamos em frente ao prédio. 




Entramos e compramos os ingressos a 10,00 euros cada e iniciamos nossa visita.




Passadas  1h30, já quase no final das salas de exposição, ainda não tínhamos encontrado os quadros do Monet, Modigliani  e nem do Van Gogh. Me dirigi até uma moça que estava cuidando das salas e perguntei por estas obras . Ela então informou que estas, mais a do Gustav Klimt, foram emprestadas para uma exposição no Japão e só retornariam no  final de abril. Um pouco frustrados, terminamos de ver as outras obras, que são muito bonitas e vale totalmente a visita. Ao final  fomos para o andar térreo, tomar um café .



Saímos da Galeria e quase em frente entramos em um bondinho, linha 19 e seguimos até a sua parada final que fica na Piazza del Risorgimento, próxima ao Vaticano e em frente ao Restaurante Fresco Caffé & Cucina ( Macarrone ) , que gostamos muito.  Ambiente moderno, sempre fomos bem atendidos e a comida é muito boa. Mas antes passamos em uma loja ao lado de nome Foot Locker e compramos algumas roupas para os filhos e uma blusa para mim. Chegando no restaurante, pegamos uma mesa no centro do salão, que é pequeno, mas muito agradável e pedimos desta vez,  dois Fettuccine Alfredo e água e para terminar com chave de ouro nossa viagem, Tiramisù de sobremesa. Não preciso dizer, que estava tudo  uma delícia. 



Saímos do almoço e seguimos até a Piazza di San Pietro, onde demos uma volta em frente da Basílica , mas como a conhecíamos e a fila para visitá-la  estava grande, não entramos. 



De lá, andamos até o Castel Sant'Angelo, cruzamos o rio Tibre pela Ponte também de nome Sant"Angelo e fomos caminhando pelas lindas vias de Roma até a Igreja de San Luigi del Francesi, 

É uma das igrejas nacionais da França. Foi construída por Giacomo della Porta entre 1518 e 1589. Mas só foi completada por causa da intervenção pessoal de Catarina de Médice, que doou para a igreja algumas propriedades suas na região. No seu interior, que é espetacular , tem , quase chegando no altar  do lado esquerdo de quem entra , três magníficas obras de Caravaggio.  Imperdível para quem está em Roma.







                           

Já estava ficando tarde, saímos da Igreja e seguimos andando pelas vias do centro de Roma, até a estação de metrô da Piazza di Spagna, onde pegamos a linha A , agora em direção a Anagnina e descemos no Termini. Fomos então até o Mercato Centrale, pegamos uma Pizza e voltamos para o hotel Contilia. Mais a noite, jantamos, falamos com os nossos filhos no Brasil e nos preparamos para a viagem de retorno do dia seguinte.


Acordamos cedo, desta vez não dava tempo de tomar café. Fizemos o check-out e fomos para a  estação pegar o Leonardo Express, que é o trem que liga a estação Termini ao Aeroporto Leonardo da Vinci. Tinha comprado passagem para as 8h35, mas pode-se  embarcar em qualquer horário durante o dia. Como chegamos cedo,  perguntei ao fiscal, de que local sairia o próximo trem e tive como resposta, o binário 24. Como havia duas placas, uma a esquerda indicando binário 25 e outra à direita, binário 23, resolvi perguntar onde ficava o binário 24 e o fiscal, gentilmente, me apontou o meio, entre as duas placas.

 Respondi - Tem lógica.

 Acho que ele compreendeu, já que deu uma risada. Chegamos e lá havia um casal de ingleses  e um  rapaz que parecia ser italiano, que nos confirmaram o local de onde sairia o trem. Dez minutos depois, o casal e o italiano, saíram correndo em direção ao binário 25 e nisso, o trem que estava lá, partiu. Fomos até lá e eles explicaram que no fim das contas, àquele ponto  era o 24. Passados alguns minutos, saíram correndo novamente. Fiz sinal a eles, que apontaram agora, para o binário 25, ao lado do binário 24 e disseram que o trem, que estava ali, seria o próximo a sair . Corremos atrás deles , mas quando estávamos  chegando, o  trem também partiu. Começamos a achar engraçado, pois esta viagem foi toda assim, cheia de desencontros. Como já estava próximo as 8h30 e o  trem de 8h35 seria o último que poderíamos pegar para chegar ao aeroporto com segurança e, com tempo suficiente  para o embarque, já marcado para o meio-dia, perguntei a um fiscal que estava no local, de onde sairia o próximo. Ele nos respondeu:

- Binário 24. 

Apontei para o binário de onde perdemos o primeiro trem e ele com um aceno, nos confirmou.



Fomos para lá. Logo encostou o trem e embarcamos. Saiu exatamente no horário. Trinta e dois minutos depois , as 9h07,  descíamos na estação do aeroporto. Nos dirigimos ao check-in da Latam, fizemos todos os trâmites e em seguida passamos no Aelia Duty Free  para umas comprinhas.

Seguimos as placas indicativas e no final  pegamos o trenzinho dentro do aeroporto e chegamos na  nossa sala de embarque. 

O voo saiu com um pouco de atraso. Chegamos em Guarulhos as 20h00 do mesmo dia 3 e embarcamos num voo para Curitiba as 22h25, pela mesma Latam. Desembarcamos as 23h30 no aeroporto Afonso Pena.

 Este voo direto é ótimo, pois saímos as 7h30 do hotel em Roma e não levando em consideração o fuso horário é claro, chegamos em casa aqui no Brasil, meia noite do mesmo dia.

Apesar de alguns pequenos imprevistos que tivemos, os quais  já contei todos em outros posts, a viagem foi ótima, divertida, onde conhecemos lugares maravilhosos e revisitamos outros que nos tinham deixado saudades da  primeira vez, como Veneza e Verona e da primeira, segunda , terceira ,quarta ...vez como Roma, certo Vivian?

Agora, esperar pela próxima.








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