segunda-feira, 23 de janeiro de 2023

ROMA "A CHEGADA E A PARTIDA SÃO DUAS FACES DA MESMA VIAGEM"





 Tomamos nosso café no Hotel Itália em Siena bem cedo e fomos à estação para pegar o trem às 10h02 para Chiusi-Chianciano Terme, com chegada às 11h27 e depois a conexão para Roma às 13h01.

Chegamos na estação de Siena, para aguardar o trem. Qual foi nossa surpresa, que o trem tinha somente dois vagões e era muito antigo. Achamos que tinha algo errado, mas que nada, no fim, era este mesmo e lá fomos nós naquela antiguidade.



Chegamos em Chiusi-Chianciano no horário e fomos fazer um lanche enquanto aguardávamos a conexão. que chegou na hora. Embarcamos para Roma. Este sim, um trem regional, mas de boa qualidade.


Chegamos às 14h50 no Termini e de lá seguimos direto para o Hotel.

Porque escolhemos o Hotel Contillia.


Esta será nossa quarta vez em Roma. E todas as vezes, ficamos neste hotel. Já o conhecemos bem, o pessoal é simpático, os quartos são bons e o café é bom também. Mas o principal é a localização, pois fica à duas quadras da Estação Termini, onde podemos pegar o Metrô para nos locomovermos pela cidade ou trens para outras localidades, bem como, o trem Leonardo, que sai deste terminal e para na entrada do terminal do Aeroporto Leonardo da Vinci.

Deixamos nossas malas no quarto, descansamos um pouco e saímos. Voltamos ao Termini e pegamos o metrô com destino à Piazza del Popolo. Seguimos até a Basílica Santa Maria del Popolo, que é uma das igrejas Renascentistas mais antigas de Roma, para rever os quadros do Caravaggio, que decoram uma pequena capela ao fundo, mas não só isso, há também em outra pequena capela lateral, estátuas de Bernini e Rafaello.

 

 

   



 

 

 

 

 

 

 

 Visto os quadros, saímos e fomos até o Gino  Pizza e Mortadela, na Via del Corso, 502, via esta,  que vai em linha reta da Piazza del Popolo até a Piazza Venezia, onde está localizado o Monumento Altare della Pátria, próximo ao Coliseu. A Via del Corso é aquela que passa pelo meio das Igrejas gêmeas, no final da praça.



 Chegamos no Gino e pedimos duas pizzas com mortadela, tem também, só a massa branca ou com Nutella, vai da preferência. Este foi nosso almoço. Vale a dica: se estiver em Roma, não deixe de experimentar. Como o Gino fica anexo a uma loja de roupas e calçados, resolvemos comprar uma camiseta para o nosso filho.


 Seguimos pela via até a Basílica de Santo Ambrósio e São Carlos, que já conhecíamos, mas como é muito bonita, fomos rever. De lá seguimos para mais uma parada das que não podem faltar, Fontana di Trevi, que como sempre, estava lotada. Ela que é a maior das fontes barrocas da Itália, tendo 26 metros de altura e 20 metros de largura. Fica encostada  na fachada do Palazzo Poli. Diz a tradição que deve-se jogar de costas, com a mão direita sobre o ombro esquerdo, uma moeda e, fazer um pedido, que será realizado. Quem somos nós para ir contra a uma tradição tão antiga. Então lá fomos, pela quarta vez, jogar a moeda e pedir para voltar a Roma. Quarta vez? O Mesmo desejo?  É, acho que funciona. Não custa tentar e testar. Fica a dica. 

 


Depois fomos (já virou uma tradição também), tomar um gelato, na Melograno-Gelato, Pizza e Caffè a Fontana, que fica ao lado da fonte. Terminado o sorvete, saímos a flanar pelas ruelas em volta da fonte. Chegamos, já passando das 19h00, no Restaurante Bibo. Outra tradição. Nos sentamos nas mesas externas e pedimos uma Lasanha à Bolonhesa, que a Vivian, considera a melhor de todas que já comeu em viagens. Eu pedi um Spagueti a Pomodoro e Basílico Fresco, que estava excelente. Tudo acompanhado com um bom vinho.





O fato pitoresco desta vez, ficou por conta de um pequeno ratinho, que passeava em volta do deck onde ficam as mesas. O garçom, muito simpático, o chamava de Miguelito e nos disse, com um largo sorriso, que deveríamos tomar cuidado para não o machucar pois, ele era um amigo da casa. Todos riram, mas ficamos com aquela cara de interrogação. Daí ele explicou melhor. O problema é que se tentassem dar algum veneno ou algo parecido e o ratinho viesse a morrer embaixo do deck, não teriam como tirá-lo dali e o cheiro ficaria insuportável. Portanto, melhor conviver em harmonia com ele ali na rua mesmo.


Ficamos por ali umas duas horas e depois seguimos para a Piazza Venezia. Contornamos pela lateral do Altare della Patria e saímos no Coliseu. 





Mais uma vez, a imagem deste grandioso monumento, nos deixa encantados e até emocionados, com tamanha beleza. Ficamos ali, admirando sua grandeza, proporcionada por uma iluminação especial, que consegue deixar ainda mais belo, o que já é belo.

Saímos de lá às 22h30, pegamos o metrô que fica em frente ao Coliseu e descemos no Termini. Fomos direto para o Contilia, descansar.


Dia seguinte, após o café, pegamos o metrô e descemos na estação Circo Massimo.. 

De lá, fomos andando até a Boca dela Verità que é a imagem esculpida em mármore, de uma face. Reza a lenda, que se alguém não falar a verdade, com a mão dentro da boca da escultura, ela se fecha, mordendo e arrancando a mão do mentiroso. Pelo sim, pelo não, melhor não arriscar


Esta escultura fica no pórtico de entrada da Igreja Santa Maria in Cosmedin, que foi construída no século VIII, sobre as ruínas do Templo de Hércules. No seu interior, além de várias pinturas do século VIII até o século XII, tem também, o crânio de São Valentim. Bispo romano, que por acreditar no amor, distribuía flores nas ruas. Foi preso por fazer casamentos clandestinos. Hoje nos Estados Unidos e Europa, no dia de sua morte 14 de fevereiro, também é comemorado o Dia dos Namorados. Saímos da igreja e seguimos ao bairro de Trestevere.  



Chegamos até próximo do Rio Tibre, descemos por umas escadarias até sua margem. Caminhamos por ali, pois estava muito agradável a paisagem. Chegamos até a Ponte Fabricio. Subimos ao nível da rua e cruzamos o rio por esta ponte, que dava a uma pequena ilha, entramos para conhecer e descansar do calor, de 38 graus, na Basílica San Bartolomeu All'isola. Muito bonita, como todas que entramos em Roma. Ficamos ali alguns minutos e saímos. Cruzamos a ponte Céstio e chegamos a outra margem do rio. Começamos então a caminhar por entre as ruelas do Trestevere. Passeamos pelo bairro por umas duas horas. Visitamos a Basílica Santa Maria em Trestevere.  

 



Saímos da região do Trestevere, cruzamos novamente por sobre o rio, e fomos andando pela outra margem, em direção ao Castelo Sant'Angelo. Atravessamos a Ponte Sant'Angelo, construida entre 134 e 199 pelo Imperador Adriano e chegamos ao Castelo. Tínhamos planejado entrar, mas estava fechado. Então seguimos em direção ao Vaticano pela Via della Conciliazione. Antes paramos no Ristorante Varsi e tomamos um gelato para espantar o calor, que estava especialmente terrível neste dia.



Depois fomos até a Piazza San Pietro. Ficamos um pouco por ali e devido ao calor saímos e seguimos pela Via di Porta Angelica, que sai na Piazza del Risorgimento. Ali fica o restaurante Maccarone. (Fresco Caffè $ Cocina). Este Restauranate, já conhecemos de outras viagens e recomendamos, por ser um ambiente gostoso e descontraído, com ótima comida.  Neste almoço, pedimos duas pastas, que como sempre, estavam deliciosas.



 Ficamos ali, por quase duas horas, pois lá dentro estava muito agradável e fresquinho, ao contrário do lado de fora que faziam exatamente, 38 graus. Saindo de lá, fomos a uma loja de game nas proximidades, para comprar as encomendas feitas pelos filhos, mas os jogos  pedidos, não estavam valendo a pena comprar ali.  Saímos e seguimos para estação do metrô Ottaviano e seguimos direto para o hotel.

 Ficamos no Contilia até às 18h30 e saímos para mais um passeio, já que, a temperatura tinha ficado mais amena. Fomos então nos perdendo pelas vielas da cidade, mas sempre tendo como direção, o Coliseu.




Andamos até às 21h00, quando chegamos ao Coliseu. Já começava a anoitecer. Ficamos andando em volta dele e fomos até o Arco de Constantino, arco triunfal, construído pelo Senado Romano para comemorar a vitória do Imperador Constantino sobre Maxêncio, no ano de 312. O arco foi inaugurado três anos depois.


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Gostamos muito desta região de Roma. Você sente pulsar a energia de centenas de anos de história. Mesmo já conhecendo e indo várias vezes ali, a gente acaba percebendo novos detalhes e tendo novas sensações. O lugar é incrível. Só estando lá para poder dimensionar. Saímos perto das 22h00 e pegamos o metrô na estação Coliseu que fica na Piazza del Colosseo, ao lado do Coliseu. E voltamos para o hotel, onde fizemos um lanche com frutas e iogurte, e fomos descansar para o dia seguinte.

Último dia de nossa viagem. Deixamos então este dia, para ver as duas igrejas, além da Santa Maria del Popolo, que já havíamos visitado e tem em seu interior, as obras do Caravaggio. São elas, Basílica de San Agostino, que se localiza na Piazza de San Agostino, e foi concebida em 1286 e concluída em 1483. E que além das obras de Caravaggio e Raphael, também é  o local de sepultamento da mãe de Agostino, Santa Mônica. E a Igreja de São Luiz dos Franceses, na Piazza di San Luigi de'Francesi. Que foi construida entre 1518 e 1589, mas completamente acabada, depois de uma intervenção de Catarina de Médice. Que doou para a igreja algumas propriedades suas na região. É uma das igrejas nacionais da França, em Roma. 

Pegamos o metrô e descemos na estação de Spagna. Fomos até o pé das famosas escadarias da Piazza di Spagna, mas como já conhecíamos, resolvemos não subir até a Igreja Trinida del Monte. E seguimos então pela Via dei Condotti , onde se localizam a maioria das lojas de grife em Roma. Entramos pela Via del Corso e fomos serpenteando pelas vielas até a Basílica de San Agostino. Entramos e ficamos admirando toda a arquitetura desta igreja. Seu interior é todo revestido em mármore. Lindíssima. Ficamos algum tempo olhando a " madona di Loreto, esta importante obra do barroco de Caravaggio.





Saímos e fomos direto para a igreja de San Luigi de"Francesi. Mas esta, tinha acabado de fechar e reabriria às 16h00. Então, meio decepcionados, andamos até a Piazza Navona que fica bem próximo dali. Andamos pela praça para admirar suas fontes e casarios. 



Retornamos novamente, nos perdendo pelas vielas de Roma. Chegamos no Giolitte, que fica na Via degli Uffici del Vicario, 40. 

Fundada em 1900, é uma confeitaria e gelateria das mais renomadas da cidade. Local frequentado por famosos e turistas do mundo todo. Bem , como a pandemia ainda não acabou e ela como de costume, estava completamente lotada, decidimos não entrar e seguimos em frente. Como já eram quase 13h00, decidimos ir até o Bibo novamente para almoçar. Chegamos e por estar muito calor, pedimos chopp, lemon soda e uma porção de mini sanduíches com fritas. Muito leve e saboroso. E para finalizar, Banana Split.


 


Já eram quase 16h00, quando terminamos. Saímos do Bibo e seguimos direto para a Igreja de San Luigi. Já reaberta, entramos e fomos direto aos quadros.  Nos detivemos um longo tempo a admirar as três obras do mestre barroco Caravaggio sobre a vida de São Mateus. " O Chamado de Mateus" " A Inspiração de São Mateus " e " O Martírio de São Mateus "










Terminada as visitas, saímos da igreja e novamente fomos nos perder pelas vielas. Acabamos saindo ao lado da Galeria Alberto Sordi, situada em frente a Piazza Colonna, onde está a Columna de Marco Aurélio desde o ano de 193. A galeria foi inaugurada em 1922. Remodelada em 2003, foi então rebatizada com o nome deste grande ator romano, falecido em fevereiro daquele ano. Entramos e atravessamos a galeria. íamos a uma livraria que tem em seu interior. mas estava fechada para reformas. Saímos pela porta que dá acesso a Via Santa Maria in Via.



 E meu celular apagou. Ficamos então sem GPS. Mas como já conhecemos a cidade, mais ou menos, seguimos em direção a Fontana di Trevi, pois dalí poderíamos ir até o Coliseu e pegar o metrô. Mas como é um pouco longe e já estávamos cansados, resolvemos subir e achar a Piazza di Spagna, e pegar o metrô lá. Seguimos pelas vias onde tinham mais fluxo de pessoas pois é costume dos turistas descer na estação Spagna, para ver as escadarias e de lá seguir para a Fontana. E pouco tempo depois estávamos em frente a Fontana della Barcaccia, que fica no final das escadarias. E assim, pegamos o metrô e descemos no Termini. Da estação fomos direto ao hotel.

Mais a noite, fui novamente à Estação Termini, pegar uns sanduíches para o jantar. E após ligarmos para nossos filhos no Brasil, fomos descansar para a viagem de retorno no dia seguinte. 



 Dia 20 de julho, depois de 20 dias de viajem, chegou a hora de voltar. Acordamos cedo e como nosso voo era às 12h45, saímos do hotel às 7h40, pois íamos pegar às 8h35 o Leonardo Express. Trem que sai da Estação Termini e segue direto para o terminal 3 do Aeroporto Leonardo da Vinci. A viajem dura exatamente 32 minutos.



 Saímos do trem e seguimos direto para o check-in. Pois, mesmo com malas de bordo fomos obrigados a despachar, alegando falta de espaço no avião. Partimos com 20minutos de atraso e no mesmo dia 20 de julho, às 23h35 descemos no aeroporto Afonso Pena, depois de uma escala em Guarulhos. Do Aeroporto, direto para casa.

A chegada e a partida são as duas faces da mesma viagem. Esta foi para nós muito especial, pois além de termos viajado só nós dois, pelos motivos já comentados no post, 

 

VIAJAR É TROCAR A ROUPA DA ALMA

 

Também é o término de um período muito ruim para todos. Um período de pandemia chegando ao seu fim, mas que ainda ronda a vida da gente. Com cuidado e certas medidas que tomamos, conseguimos ir e voltar sem problemas


E como da última viagem, este não é um adeus, mas um até breve. O pedido foi feito na Fontana di Trevi. Agora aguardar pela 5ª vez.


Milão/Roma " É preciso ver o que não foi visto, ver outra vez o que se viu. É preciso recomeçar a viagem. Sempre." - José Saramago

  Nossa viagem começou com um pedido da Viviam de conhecer Lautenbrunem, levar o Gustavo conhecer Pompéia e por fim que a viagem começasse o...